Vamos lá para mais uma pretensa sessão deste projeto/blog.

O assunto é música.

Quando se fala em música e carros logo pensamos: Rock’n’roll. Nada mais óbvio.

Carros + música + rebeldia + garotas + juventude = rock’n’roll

Mas, não somos bitolados, vão surgir outras vertentes por aqui, afinal música é um estado de espírito, é uma sensação de momento. O que interessa aqui é dirigirmos ouvindo um bom som. Então sempre que eu me lembrar ou ouvir algum som que me remeta a essa sensação ele estará por aqui.

Vou começar pelo Do It Yourself, pelo mundo independente, e por meus conhecidos pra fazer um jabá, a banda goiana MQN.

Vermelho como o inferno.

Se som de garagem pode definir uma boa música pra se ouvir num hot os caras do MQN acharam a fórmula. É som de garagem, sujo, gritado, com cheiro de gasolina e pneu queimado. Carros, drogas, garotas, muito barulho e ímpeto. Além de um som consistente, Fabrício Nobre, o gritador da banda, faz parte da gravadora e produtora Mostro discos, responsável por dois dos maiores festivais independentes do Brasil, o Goiânia Noise Festival e o Bananada, realizados em Goiânia. Eles são cabeças pensantes no cenário do rock independente nacional.

Mas falemos de música.
A primeira gravação da banda saiu numa finíssima edição em formato vinil compacto, e já traduzia no nome do petardo o que interessa para essa coluna: Hot Rod Music. O compacto com 3 músicas, 1 do MQN e 2 da Thee Butchers’ Orchestra (outra banda que vamos indicar aqui futuramente).

Depois de mais um compacto em vinil, Devil Woman, lançaram um CD, HELLBURST de 2002 corfirmava a veia combustiva da banda, rock garageiro, sujo, pesado, feio e mau. Um excelente CD pra se ouvir junto com um barulho de motor. As performances ao vivo são sempre energéticas e malcriadas, comandadas pelo mestre de (sem)cerimônias, Fabrício Nobre.

Daí pra frente é só chapuletada na moleira. São dois CD o já citado e o Bad Ass Rock’n’roll de 2005, além de um projeto Fuck CD sessions, onde declaram o fim da instituição CD, e liberam a sua música independente e setentista garageira dos grilhões do formato. O Fuck Cd Sessions prevê o lançamento de 5 compactos de 7″ (isso mesmos old skulls, o bom e velho vinil) com duas músicas cada, embalado luxuosamente com o trabalho de designers e artistas independentes, em formato de singles, a conta gotas. O quarto volume do projeto foi recém lançado. O que? você não tem um fonógrafo???? Sem problemas, todas as músicas dos compactos e toda a discografia do MQN está disponível para download aqui, enjoy.

Hit the music, Old Skulls!!!

Inspira #01 – HebRod

julho 24, 2009

Esse é o primeiro “Inspira”.
Sempre que eu achar um carrinho inspirador vou postar aqui sob esse Tag.
Pra começar essa sessão escolhi um carrinho realmente inspirador, o rapazinho vem lá do canadá, e depois de algumas pesquisas descobri a história por trás dessa belezinha.

O pai da criança é Geoff Peterson, um canadense que possui uma oficina especializada em automóveis com motores a ar. A história saiu numa edição epecial da revista nacional Rod&Custom, que teve as edições esgotadas, mas outro dia encontrei este link aqui, que é a revista on line.

Mas resumindo, o cara vinha desde 2002 com uma idéia de fazer um hebmüller, em 2004 ele achou dua portas e péssimo estado do modelo onde surgiu a idéia do HebRod. E foi sem muita experiência em solda ou lataria que ele começou o projeto, um hebmüller hot rod partindo de duas portas mal acabadas. Ao todo foram 7 fuscas utilizados na construção e o resultado foi um carro rico em detalhes, muito bem pensado e visualmente impecável, lançado em Junho de 2006.

É isso aí, no velho “do it yourself” é só ter uma idéia na cabeça e não se intimidar com muitos calos na mão.

Consegui juntar uma galeria bacana do bicho:

Tem também estes vídeos dessa belezinha rodando:

O site do projeto é bem precário mas tem uma animação que mostra mais ou menos o processo de construção do carro, que vc pode ver aqui.

É isso aí.

Inspira…. Respira….

Porque fuscas?

julho 14, 2009

Mas vamos ao que interessa, o fusca é um carro extremamente versátil no que diz respeito à customização, embora os mais puristas torçam o nariz, temos várias vertentes, californian look, german look, volks rod, rats, hoodride, etc… mas nem tudo são flores, essa versatilidade é inversamente proporcional a possibilidade do projeto virar um Frankstein, é tênue a linha que separa ousadia e breguice, entre uma customização de fusca de bom gosto e uma que descambe para o brega (trataremos disso futuramente).

Mas, e por que o fusca?
No Brasil, O custo pra sustentar um motor v8, ou até mesmo a customização desse tipo de carro já torna a missão quase impossível para meros mortais.

Então, minha opção natural e imediata é o fusca, que é o carro mais acessível a um mero mortal que gosta de hot rods fazer uma customização bacana por um custo razoável.

É um esmeril na mão e uma idéia na cabeça, ou mais ou menos isso.

O fusca é o carro mais popular da história, apesar do seu nascimento estar ligado a segunda guerra e ao nazismo, pelas mãos de Ferdinand Porsche. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Fusca).

Mas não é disso que eu vou tratar aqui.

O fusca com a sua vocação de carro do povo virou parte da família brasileira praticamente desde primeira vez que colocou seus pneusinhos finos no solo brazuca. Um carro ágil, robusto, um brasil 3º mundista do final da década de 50, progressista, mas sem estradas decentes. Tinha lá seu problemas, era parco em detalhes, pouco espaço, mas compensava em agilidade e custo benefício, levava a família inteira pra onde fosse, não existe uma família que não tenha tido que seja 1 fusca entre eles.

O resultado disso é que até hoje é fácil econtrar muitos carrinhos passeando Brasil afora. Alguns placas pretas e outros irrecuperáveis e ainda rodando. Por consequência existem peças de reposição aos montes, algumas já raras, mas a grande maioria é facilmente achada. Além do mais a estrutura do fusca aceita incontáveis adaptações.

Bom, temos de começar de alguma forma não é mesmo?

Então isso é um começo.

A muito tempo venho coletando material para um futuro projeto pessoal de customização de um fusca, seguindo uma linha VolksRod, old school. Várias idéias foram e vieram, e outras bateram o pé na estrada de vez e eu não vi mais. Por isso aos pouco vou subindo coisas que já coletei e postando coisas novas, pra mim e pra quem mais estiver interessado.

Provavelmente não vou falar apenas de fuscas, vou falar de customização em geral, hot rods, rat rods, música, pin-ups, moda, enfim… Sou designer gráfico então devo dar atenção a essa área também, design aplicado na construção desses carros, designers, ilustradores e fotógrafos que usam o tema… aos poucos vão surgir pautas e sessões específicas e assustos aleatórios.

É isso, é pé na estrada e não mais voltar.

Ave Ray Charles.

Johnny Dutra