Já que fiquei um mês e tanto sem postar, fiz uma promoção pague uma e leve duas, terminando a série de posts sobre dicas de projeto para a customização do fusca em um volks rod.

Agora é a parte dolorosa.

Essa estimativa é, como acabei de escrever, apenas uma estimativa, quase um chute. É apenas uma idéia analisando alguns caminhos que o projeto pode seguir.

Senão, vejamos os preços aproximados:

Câmbio 4 marchas – de 1.000 a 1.500 hells;
câmbio 5 marchas – de 2.000 a 2.500 hells;
rodas Gringas – de 3.500 a 4.000 hells;
transformação de Berço – 4.000 hells;
ignição eletrônica – de 200,00 a 350,00 hells;
freio a disco nas quatro rodas – de 600,00 a 900,00 hells.

No caso do motor é tudo muito relativo, depende do que se pretende, você pode construir um bom motor com aquele mecânico do teu pai que citei no post anterior, mas o quanto gastar sempre vai depender das pexinchas que poderá conseguir vida afora. Na conversa com Eric ele me contou de uma estimativa que eles fizeram meio que de brincadeira pensando num motor 1900 feito pela Pro One, por alto deu inalcansáveis 40.000 hells, mas se tens bala na agulha e quer um motor desses poderá fazê-lo, sempre depende do projeto.

No projeto Volks Rod penso em um carro confortável e seguro, numa linha mais Custom e menos RatRod, então terei que levar em conta também um bom trabalho na parte interna do carro, talvez use os bancos do Ford Ka, que cabe perfeitamente no Fusca e um banco traseiro original, porém mais novo. Para o motor imagino que um 1.6 com ignição eletrônica a álcool e alguma mexidinha aqui e ali servirá bem, guardarei a agressividade e estilo para o design exterior do carro. Nas minhas contas devo gastar aproximadamente 25.000,00 hells nessa brincadeira para ter um carro exclusivo.

Agora se o intuito é ter um Rat, com mais ou menos 10.000,00 hells você tem um carro bacana pra sair esbanjando estilo asfalto afora.

Documentação

Temos alguns problemas nesse quesito, no Brasil não existe uma categoria onde se encaixe um HotRod, mas existe outras opções, podemos enquadrá-los como veículo especial, veículo artesanal e protótipo. Fora isso é preciso fazer uma vistoria do inmetro atestando a segurança do carro.

Também não existe uma legislação específica que facilite a documentação do carro. Junte isso à uma burocracia absurda tão recorrente nas esferas públicas e temos uma ambiente perfeito para os métodos escusos proliferarem, aquele tal “jeitinho”, que no fundo não é bom pra ninguém.

Então é preciso ter paciência e disposição para conseguir esses documentos, além de um desembolso considerável de 3.000,00 a 3.500,00 e um tempo de 2 a 3 semanas (métodos escusos) ou até 2 anos (vias normais).

É isso pessoal, vou fazer agora uma revisão para na tarefa de casa os amiguinhos colocarem as idéias no prumo:

– 3.000,00 não fazem um hotrod;
– carro matriz não é um monte de ferrugem pendurada num chassi;
– coerência e projeto são as coisas mais importantes;
– suspensão traseira é IRS;
– olho no orçamento, mas tudo vai depender de suas pexinchas e andanças, é sempre bom entender o que procura;
– mudanças no meio do projeto podem inviabilizar a construção;
– segurança é fundamental, para você e para os outros, portanto atenção em todos as fases do projeto;
– documentção é simples mas complicam, um pouco de cara de pau e outlaw ajudam a resolver o problema.

Com paciência e critério você pode conseguir andar por aí com belezinhas como essas:


E…. é saideira e a conta.

Bom camaradinhas, depois de um mês um tanto atribulado vamos seguindo com as dicas da Bad Bug Garage, vamos falar de projeto.

Uma das partes mais importantes na customização é o projeto, porque ele define as diretrizes e permite o planejamento e a solução de problemas antes que eles efetivamente existam, além de ser muito útil no controle de gastos, assunto que precisa ter uma atenção especial num projeto como esse.

Portanto, pesquise, converse com quem já fez, peça dicas, busque referências e entenda o que você quer construir.

Se você decide montar um Volksrod é porque já foi picado pela mosquito ferrugem, é emocional, e tudo que é emocional gera ansiedade e uma pressa de ver pronto, isso pode fazer com que se ignore fases em favor de dois ou três dias, e no final, o projeto não fica do jeito que você queria e a ansiedade vira frustração.

É aquele negócio, é difícil mas o controle é importante. Então rapaziada, é preciso sim pensar em design (externo e interno), cronograma, fases de construção, profissionais envolvidos, gastos com peças, tempo para se ter essa peça (no caso das importadas), enfim, tudo o que puder ser pensado previamente tem que estar aqui. Depois de definir a estrutura do projeto vem a segunda parte: segui-lo.

Segundo Eric, em muitas customizações que fez, o cliente tem uma coisa em mente, o trabalho começa e no meio do processo aparece outra idéia para o desenho da lataria, por exemplo. Se a fase da lataria já passou, e o teto foi rebaixado, cortado, modificado, na maioria das vezes a mudança não tem como ser implementada. E, se por acaso a mudança puder ser feita, isso reflete diretamente no custo final, afinal, é mais trabalho a ser feito, ou, refeito no caso.

Então macacada, os projetos devem ser bem desenhados, pensados, e não devem ser alterados no meio do processo, tomando esses cuidados, a oficina da Bad Bug consegue entregar um projeto do começo ao fim, com aproximadamente 6 meses de trabalho. Mas também existe a possibilidade de fazer a parte mecânica pela própria conta, sempre levando em consideração que é preciso um mecânico de confiança. A dica é achar aquele mecânico que cuidava da Belina 80 do teu pai, lá no bairro que ele mora a 30 anos, esses já cuidaram de todos os motores de fusca que sairam desde a década de 50, com certeza.

Eric diz que a intenção da Bad Bug é sempre trabalhar com atenção para a segurança, buscando profissionais de confiança, que garantam a seriedade do projeto resultando num excelente produto final. Afinal, é assim que tem que ser, não?